6 de dezembro de 2009

A Banda mais Bonita da Cidade

Tô apaixonada pela banda...


Salada curitibana

Salada Curitibana

A alma pulsa...
as vozes entoam...
e eles me encantam...
jovens, como eu, e cheios de talentos...
músicas de apartamento...
cenas subversas...
cheias de dor...
Medéia...
canções eternas...
acordo cantando elas...
de todos eles...
veia artística pulsando...
quero criar...
quero cantar...
a de vocês...
com vocês...

25 de novembro de 2009

Em Curitiba

é a primeira vez que venho a Curitiba. Quanto expectativa, pois estou aqui a trabalho participando do Festival Breves Cenas, com minha cena 5 cabeças à espera de um trem.

escrevo agora do quarto do albergue que estamos para registrar esse momento. Nossa primeira viagem.

de quarta a sexta faremos uma temporada em Araucária, cidadezinha aqui perto de Curitiba. E mais uma vez, o momento mágico dessa coisa misteriosa chamada teatro irá se encontrar conosco depois da apresentação de domingo em Curitiba.

Merda para nós!

30 de outubro de 2009

O dia em que eu conheci Alanis


Foi assim, estava eu em Niterói passando férias do colégio. Lembro-me que tinha 14 anos e tinha acabado de passar para a 8ª série (uma menina ainda). Fui para a casa da família da minha madrinha Graça que tanto amo. Lá, em meio aos cds do Fernando seu sobrinho, eu vi o acústico da Alanis que tinha sido lançado recentemente, o "Unplugged". Nossa, aquela capa já me seduziu e coloquei para ouvi-lo. Não houve dúvidas, fiquei maravilhada. Foi assim que eu a conheci, foi assim que eu conheci suas músicas. Foi tão forte esse encontro, que hoje eu fecho os olhos e lembro direitinho daquele dia.

Sempre que estou triste eu ouço ela. Me sinto bem de novo, me renovo. Hoje eu estava triste e a primeira coisa que fiz foi ficar ouvindo sua bela voz, suas palavras que entram pelos meus ouvidos e premanecem para sempre até o fim do dia.


Uma das minhas preferidas...


7 de outubro de 2009

In On It

Eu vi. Quem não viu perdeu, pois é sem dúvida uma aula de atuação, uma aula de tudo.
Um entra e sai de personagens e uma verdade absoluta de tudo que é dito.
Não conhecia o trabalho do Fernando Eiras. Adorei.
Aliás, adorei tudo e todos. Um dos melhores que vi esse ano.


Na estrada

Entrei em um ritmo frenético de viagens até novembro.
Tô cansada, pq é bate volta, vai, apresenta e volta. E é na volta que eu fico um tanto quanto tensa. Descobri em pouco tempo viajando a noite de carro, como as estradas são perigosas, como os caminhões são donos dela e faz nós "carros" nos sentirem minúsculos e indefesos.
Tudo que eu queria era poder ir durante o dia, vendo a vegetação do nosso estado de norte a sul, leste a oeste e como em um passe de mágica ao abrir os olhos, estar na minha cama quentinha, agasalhada e descansada.
Vale a pena sonhar!

2 de outubro de 2009

Designio

Um teste despretensioso que virou um curta-metragem.
DESIGNIO
de Affonso Uchôa
com um elenco de atrizes mineiras, várias, muitas e eu estou entre elas.



30 de setembro de 2009

Hoje

Conheci hoje, no blog da Cris Guerra. Delícia de vozes.


29 de setembro de 2009

Flicts



Fui à estréia de Flicts. Elenco amigo, platéia conhecida e um momento em comum com a obra. Ela fez parte do meu curso do Palácio em um ano de decisões para todo mundo. Enquanto todos os outros grupos descobriam o teatro do absurdo (o meu inclusive), eles, os coloridos e felizes da turma cantavam:

" E foi subindo, subindo, e foi ficando tão longe,
e foi subindo e subindo, sumiu!"

Manhã ensolarada

Essa música tem um embalo muito gostoso. Daqueles de acordar olhando o mar e ficar ali, por uns longos minutos, aquele mar lindo e verde de Aventureiro.

22 de setembro de 2009

24







É sempre bom renovar a vida e para mim isso acontece no dia do nosso aniversário. Renovei a minha no dia 09/09/2009. Pensei em tudo de bom que estou conseguindo, pouco a pouco, passo a passo durante todos esse pouquissimos anos de vida. Nas pessoas que conheci, na família que tenho, na profissão que escolhi, nos tombos que levei, nas dores que senti, nas alegrias que vivi.
nada a reclamar, só a agradecer!

Happy, happy, happy...

Vilarejo

Hoje acordei com essa música na cabeça.
Normal eu acordar com músicas da Marisa na cabeça (viciado é assim), mas Vilarejo tem a ver com o momento de paz que estou passando. Tem a ver com o Vilarejo que estou vivendo.

Onde areja um vento bom na varanda...
portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar...

Coutinho



Recentemente, me aconteceu algo que me surpreendeu muito. Era um domingo, daqueles de ficar em casa assitindo um tanto de filmes. Vamos ao primeiro Orgulho e Preconceito, um filme que eu sempre via na locadora, ficava com vontade de ver e tinha excelente recomendações. Bem, não foi tão bom assim, pelo menos eu não gostei tanto, para ser considerado um dos melhores filmes a serem vistos. O segundo que amo, assisti pela segunda vez e me emocionei de novo, O Leitor . E eis que vem o terceiro, Jogo de cena. Claro que já conhecia a proposta do documentário, aliás, eu adoro documentários. Um depoimento, dois, cinco, e me deparo com um que me fez cair em lágrimas, mesmo, chorei feito criança com a dor daquela mulher, mais pro final a surpresa (não irei contar aqui). Meu deus! que sacada essa do Coutinho. Quer saber? um dos melhores filmes que já vi na VIDA. Fechei o domingão pensando sobre isso e me programando pra ver todos os filmes dele. O homem criativo viu?


Curitiba! próxima parada!




êêêêê...

Curitiba em novembro.

Passamos no Festival de Cenas Breves de Curitiba com nossa cena "5 cabeças à espera de um trem!"

Nós, marinheiros de primeira viagem. Let's Go!



18 de agosto de 2009

Instante




Recebi hj da minha amiga Érika.


Eu vou tentar captar o instante já
Que de tão fugitivo não é mais
Porque a tornou-se um novo instante
Cada coisa tem um instante em que ela é
Eu quero apossar-me do é da coisa
Eu tenho um pouco de medo
Medo ainda de me entregar
Pois o próximo instante é desconhecido

Sempre Clarice Lispector

16 de agosto de 2009

Mais Colbie

Tô encantada com a voz dela. Outra música para embalar a manhã de domingo.

Esse vídeo tem que ser visto.

Um vídeo bem interessante que vi no youtube acerca da espetacularização da gripe suína.

13 de agosto de 2009

Ela é tão suave...

A primeira vez que ouvi essa música, não fazia ideia (já na nova regra ortográfica) de sua intérprete, aí vai ela...Colbie Caillat!

30 de julho de 2009

Por Woody Allen

Minha Próxima Vida
Woody Allen

"Na minha próxima vida quero vivê-la de trás pra frente.Começar morto para despachar logo esse assunto.Depois acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo, e depois estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí viro um bebê inocente até nascer. Por fim, passo 9 meses flutuando num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e espaço maior dia a dia, e depois - Voilà! - desapareço num orgasmo..."

A Desavergonhada




Assisti a um espetáculo italiano nessa semana. Espetáculo simples que reuniu um número significativo de pessoas e principalmente pessoas adoradoras da língua italiana. Anita Mosca é a responsável por apresentar uma obra tão singela. Confesso que não entendi nada por não saber nada de italiano, mas me desprendi disso e resolvi vê-lo de outra forma. Há uma interação com as artes plásticas. Quadros em tecidos com pinturas bem expressivas que vão formando uma varal de cores, formas, histórias de mulheres oprimidas. É um espetáculo sobre mulheres, feita por uma mulher. Me lembrou outro espetáculo que vi uns 3 anos atrás no Fit. "Hysteria ", do Grupo XIX de teatro de Sampa, que também fala de mulheres oprimidas, loucas, que vivem em um lugar onde o sol ilumina os seus pensamentos e constroem poesias leves e sublimes. Tenho meu lado mulherzinha de ser e adoro ver, ler, temas que falam sobre a mulher. Temas que falam sobre a mulher de forma diferente, não querendo ser feminista, mas querendo apenas mostrar alguns fatos que nos tocam e que tocam eles, porque sem dúvida também são tocados.





27 de julho de 2009

As filhas de Dom João

Meu primeiro post no blog falava sobre história e sobre a família Real. Pois bem, aqui estou eu novamente falando sobre história e sobre a Realeza portuguesa. Acabei de ler o livro 1808 e adorei. Um livro de fácil entendimento, sem ser didático como os livros de colégio, e necessário. Acho imensamente importante sabermos a história de uma família que mudou a nossa, a do Brasil. Um dia quero fazer um filme sobre este livro do Laurentiano Gomes, quero ser uma das filhas de Dom João VI. Isso mesmo, uma das filhas.

O Continente Negro



Eu gosto tanto, mas tanto de ver a Yara em cena, é como se fosse uma aula. Eu saio feliz do teatro. Mérito também a Débora Falabella e Angelo Antônio que juntamente com ela fazem uma belíssima atuação.

A Lapa



Eu já conhecia o Rio, mas não conhecia tão bem a Lapa. Tive a oportunidade de ficar hospedada nesse reduto boêmio. Que privilégio! Eu que não sou boêmia adorei ficar "morando" ali por uns dias, imagine só quem é. Vamos começar do início: a Vila Sésamo ,como diz o Marcus, onde a Vanessa mora e seu fabuloso elevador Lacerda, é surreal e fascinante ao mesmo tempo. Lá do alto da Lapa ela se refugia, longe de tudo e perto dos Arcos. Uma casa de bonecas aconchegante que me faria ficar por lá uns bons e belos dias a mais. As suas ruelas européias, os ônibus, as pessoas, os moradores de rua, tudo é bom na Lapa. A Escadaria Selarón, linda! Santa Teresa, que charme! O bondinho, o Saara, o Paço Imperial, o Rio Scenarium, o CCBB e sua magnífica exposição "Rebobine, por favor!", os teatros e a Fundição Progresso encerrando com a aula do Márcio, grande figura. Para fechar tão bem nossa semana, um macarrão bem vegetariano, feito por pessoas especiais.



8 de julho de 2009

MSP


Mulher sem photoshop, uma moda que tem que pegar!


Entre no movimento


Para não se esquecer dela




Pina Bausch...


E o rei foi sepultado!


Até que enfim resolveram sepultar o pobre rico do Michael. Que agonia que estava me dando isso. Amanhã completa-se 15 dias que o mundo chocou com a notícia da sua morte e simplesmente não se falou mais em outra coisa. A Pina Bausch morreu 5 dias depois e até ontem muitas pessoas ainda não sabiam. Ela também foi uma grande artista, precursora da dança moderna. Mas pra quê falar de Pina Bausch se o que interessa é saber quem vai ficar com a fortuna do Michael Jackson? Nada contra ele, quer dizer, só algumas considerações, mas reconheço o múltiplo artista que ele foi. Um precursor também de um outro tipo de dança. Gosto muito de dançar suas músicas e não esqueço uma vez que no colégio eu e uns amigos fizemos uma coreografia com Thriller em um festival de dança. Foi hilário e marcante.


Um dia de prova com sequestro, boxe e beijo...

Um dia de prova com sequestro, boxe (com palhaçada) e um beijo...
...e assim começou nossa saga rumo ao encontro dessas quatros cenas. Os curitibanos da cena "Dia de Prova", diga-se de passagem linda e lúdica, apresentaram um belíssimo trabalho. Tivemos a honra de dividir a temporada com eles. Os outros curitibanos, da cena " O Beijo", que infelizmente não ganhou para a temporada, nos proporcionaram uma noite, aliás, duas noites muito agradáveis. Isso foi o suficiente para sentirmos falta dessa galera tão bacana, cheia de vigor e feliz que nos deixou com gostinho de quero mais...! Os baianos Yoshi e Danilo, a dupla. Eita duplinha boa de improviso que fechava nossa noite com muitos risos (até rimou)! Nos acompanhava na esticadinha pós teatro e de quebra levava o Thiago, outro baiano perdido no meio de tantos mineiros. E o trio amazonense da cena "Boxe com palhaçada" que acabamos conhecendo no final do Festival, mas que iremos em breve encontrar em Manaus...hum...será? Pessoas lindas, cheias de talento, cada um ao seu modo. Essa galera com certeza fez a diferença para que nossa temporada fosse mais saborosa.

A Temporada


Passar pela experiência de ficar em temporada com uma cena curta é algo singular, começando pelo tempo que se fica em cena - 15 minutos - e pelo tempo que se gasta antes dela - 2 horas - nós gastávamos 2 horas todos os dias para ficarmos maquiados e aquecidos corporalmente e vocalmente. A Produtora passou a ser nosso fiel camarim e acolheu muito bem os 11 tripulantes desse bordo. Chegávamos faltando 30 minutos para abrirem as portas do Teatro Wanda Fernandes. Passávamos pelo camarim dos colegas de fora e íamos para o camarim dos colegas de dentro. Concentração e passagem do texto. Último retoque da maquiagem do super Daniel e estamos prontos. Assim que a platéia batia as palmas para a cena do Alexsander (Corpo Fechado) nos colocávamos a posto. E a sensação é a mesma, mas com a sua pitada diária. O coração acelera como se fosse a primeira vez. A cena acaba e nós atores conseguimos detectar problemas, falta de ritmo, texto trocado, esquecido e também se foi uma boa cena, ótima! Domingo, último dia e uma platéia calorosa, amiga. Ao final um brinde de todas as cenas e um fim de noite na casa do Léo com um engradado de cerveja (coisa de Byron e Ronald) segundo o Léo.

25 de junho de 2009

A terceira cena da noite


Por Sandro Henrique

O absurdo presente na “Malevolência”, permanece com “5 cabeças a espera de um trem”, porém não se tratam de cabeças cortadas servidas à mesa, como seria ao gosto dos malévolos da cena anterior. Parece se realizar cenicamente o trocadilho daquilo que é sem pé nem cabeça, da mesma forma que é o texto e como são as músicas cantadas pelas cabeças. Não é apontada nenhuma pretensão do foco sobre as cabeças como metonímia ou demanda de um “close cinematográfico” feito teatralmente. As cabeças no meio do nada não esperam Godot, mas “Nick Van Drick”, cujo nome, porém, remete aos personagens de Samuel Beckett, Vladimir e Lucky. A espera também é infundada, a hora no relógio não muda, a “polinésia” dada como possível destino é mais um nome qualquer de um lugar, que um espaço geográfico específico, e corre por hora assuntos como espirros. É importante destacar a movimentação das cabeças, e a dimensão que um piscar de olhos pode ganhar no palco, lugar a que o senso comum associa apenas aos movimentos amplos. É possível pensar que as cabeças apontam para o que não há em cena: a racionalidade, a lógica, a inteligência capaz de mover as pessoas, de fazê-las deixar o pasmo da espera vã. Nesse sentido, ironicamente, o que se mostra é o que está ausente, como forma de revelar aquilo que não se vê.

Não fique à espera!


Por Andreza Martins Barcelos

Com desejo de participar do Festival Cenas Curtas, o diretor Byron O’Neill e sua equipe correram atrás do trem, ou melhor, estão a espera de um trem, quer dizer, eles se juntaram para produzir a cena “5 Cabeças a Espera de um Trem”. Confusões à parte, diferentemente do título da cena, seus produtores não ficaram a espera e, sim, correram em frente com o processo de elaboração da cena que segundo Byron “foi muito trabalhoso, porém, muito gostoso”.
Nem trabalho nem estudo foram motivos para atrapalhar o processo de produção, que aconteceu muitas vezes em horários “alternativos”, nunca antes das 22hs. A amizade entre os integrantes do grupo foi muito importante durante esse período, o texto e as músicas foram feitos em meio à descontração de exercícios de improvisações e jogos cênicos. “Quando trabalhamos entre amigos tudo fica mais fácil”, diz Byron.

As influências adotadas são muitas: filmes, livros, peças teatrais e até mesmo os próprios integrantes do grupo. A maioria da equipe é estreante no festival – exceto Marcelo Aléssio, que tem a função de apoiador de cena, e no ano de 2008 participou como ator em “Como uma Flor e um Cachorro”.
Byron conta que o título foi dado pelo fato de que na cena é retratado que 5 cabeças estão a espera de um trem há 27 anos, e deixa o recado: “o importante não é saber de onde vem o trem e, sim, para onde ele vai”.
Então... Embarque nessa viagem! Mas com cautela, não vão perder a cabeça!

Canto e silêncio


Riso e absurdo marcam primeira noite

Por Maísa Gontijo


A grande fila formada em frente ao Galpão Cine Horto não deixa dúvidas: algo de grande está para acontecer no teatro. Trata-se da abertura das comemorações dos dez anos do festival Cenas Curtas. Em clima de festa, com direito a balas delícia e chapeuzinhos de aniversário, a fila aguarda ansiosamente o início das apresentações. Os personagens que ilustram o cartaz do evento tomam vida nessa edição, e chamam a atenção do público para a importância da data: “O que hoje em dia duram dez anos, gente?”. Na contramão da efemeridade das ações contemporâneas, o Cenas Curtas mostra que consegue não só resistir ao tempo, como também se desenvolver ao longo dos anos.


Em seguida, 5 cabeças começam a cantar em coro: “Será o Nick Van Drick?”. 5 cabeças a espera de um trem é a próxima cena a se apresentar. Elas estão lá, há 27 anos, esperando um trem para a Polinésia passar. “Será que ele passa aqui? Será que ele chega lá? Devo comprar as passagens agora? E se o trem passar enquanto eu estiver no guichê?”. Dilemas... dilemas que passam por essas cabeças durante toda a cena que, bem ao estilo do teatro do absurdo, foi desenvolvida especialmente para o Cenas Curtas. Talvez seja por isso que as horas do relógio da estação insistam em não passar: 15 minutos é muito pouco tempo para o humor criativo e inteligente da cena, que começou com o canto, mas terminou com o silêncio.

Crítica fechada: exercício do olhar


Por Gabo Braga

Foi com um considerável atraso e com a casa lotada que começou na última quinta-feira, no Galpão Cine Horto, o 10º Festival Cenas Curtas. Como já era esperado, muita festa, muita comemoração e, assim, um clima de retrospectiva de sucesso invadiu o primeiro dia do evento.

Para começar bem, a cena convidada Boxe com Palhaçada, trouxe o desconhecido teatro amazonense para Belo Horizonte. Com um humor inocente e até um pouco previsível, foram necessários poucos minutos para conquistar de vez a platéia. Como se não bastasse, a cena extrapola o limite do palco e convida alguns expectadores para entrar em cena. Com um texto leve e agradável, transmite bem o que tem a dizer. Fazendo bem o uso de personagens articulados e a exploração do exagero, a cena volta a se apresentar no sábado e certamente conquistará novamente o público. Faltou apenas ousar mais. Nota 7,5.

Iniciando a etapa competitiva do festival, foi a vez da cena Malevolência, direção de Jonnatha Horta Fortes, entrar no palco. A peça é densa, o som é pesado, a performance é elaborada. Resultado disso? Uma cena fantástica. Rica em detalhes, os personagens fazem parte de um emaranhado grupo de sanguinários estereotipados e caricaturais que acabam se revelando dentro de si com um humor frio e sagaz. Não desgrudar os olhos da cena passou a ser um ritual de todos. O jantar das pessoas mais maldosas do mundo foi uma grande surpresa. Destaque para a atuação de todos os atores, impecáveis (Cynthia Paulino, Flávia Fernandes, João Marcos Dadico, Paulo Mandatti, Rodrigo Fidelis e Samira Ávila). Um excelente trabalho. Nota 8,5.

A noite seguiu com mais uma cena inovadora: 5 cabeças a espera de um trem. A peça dirigida por Byron O’Neill e Alexandre Cioletti foi elaborada exclusivamente para participar do festival e, de fato, agradou o público. De cara ela já foi bem recebida. A proposta de usar apenas as cabeças dos personagens nos vãos de uma enorme bancada se mostrou uma excelente estratégia de fugir do obvio e revelou o grande talento dos cinco atores (Carol Oliveira, Luisa Rosa, Mariana Câmara, Ronaldo Jannotti e Saulo Salomão). A cena se passa em torno de um mistério: Nick Van Drick voltará ou não com os cigarros que saiu para comprar 15 anos atrás? Com falsos dilemas existenciais, a cena é rica tanto na forma, como no conteúdo. Vale ressaltar os momentos de humor “moleque”, sem nenhuma preocupação e as intervenções musicais da cena. Simples, como toda grande idéia, 5 cabeças a espera de um trem é forte candidata a ser uma das melhores do festival. Nota 9.

Em seguida, subiu ao palco a cena O caminho do cemitério. A cena de Cristina Vilaça e Marcelo Cordeiro foi a que menos se destacou na primeira noite do festival. Pecou por explorar pouco a adaptação do conto de Thomas Mann, escrito em 1901. A história bonita e triste revela um conflito pessoal muito grande de seu personagem e toca em um lado que não havia sido exploda ainda, a comoção. Ponto forte foram os figurinos, a atuação de Cristina Vilaça, que conseguiu ser na maior parte da cena narradora e, ainda sim, se transformar, sem perder nenhuma magia, no personagem principal. Nota 7.

Pra fechar a noite de gala com chave ouro, a cena Para aqueles que lavaram as mãos entrou no palco com grande estilo. Foi a cena que mais se permitiu. Experimentou na trilha, no canto ao vivo, nos vídeos e na forte dramaturgia. Simplesmente desafiadora. Sob coordenação de Renato Bolelli e Vivianne Kiritami o cenário foi elemento vivo em cena. Sem se preocupar com o limite palco e platéia a cena agradou e merece um formato maior, que extrapole os quinze minutos do Cenas Curtas. Nota 8,5.

22 de junho de 2009

5 cabeças


êêêêêê...
ganhamos! com 52,0% dos votos como a melhor de quinta! Obrigada à todos que votaram em nós, obrigada à todos da equipe que confiaram em nós, obrigada aos meus colegas de cena, Lú, Ronald, Carol e Saulito...

O dia D

O dia começou cedo para nós. As 9h já estavamos na porta do Cine Horto com os carros carregados de cenário. Hora de montar nosso filhote. As 10h30 começamos nosso ensaio técnico, Byron na cabine dando as cordenadas, nós no cenário, passando a cena, uma, duas, três vezes. Hora do almoço e Byron diz " acho melhor todos irem para casa descansar e dormir pois a noite será longa..." e fomos. Concentração na casa do nosso diretor as 17h. Daniel nosso mega maquiador já chegou e já foi colocando a mão na massa ou melhor da cabeça da Lú. E a tensão começa, e passamos o texto de diversas formas, cantamos, aquecemos a voz, e aquecemos de novo. As 20h30 todos prontos. Dividimos nosso camarim com o Claudinho Dias da cena "Para aqueles que lavaram as mãos" e sua equipe e com o Marcelo Cordeiro da cena "O caminho do cemitério" e sua equipe. Cada uma a sua maneira foi buscando concentração, pois o dia prometia. Daniel fez os últimos retoques e lá fomos nós para a escada esperar chegar a nossa vez. Byron dando os últimos recados, eu super tensa. E lá se foi a largada. Começamos, platéia lotada, e uma cena gostosa de ter sido feita. Nos divertimos muito em cena, pois isso sim era o principal, se divertir!

Fomos correndo para a escada e demos pulos de alívio, dever cumprido e nossa melhor passagem da cena...não importa o resultado, mas sim o nosso esforço para que aquilo ficasse como queríamos. Agradecimento e cumprimentos dos amigos e familiares. Hora de tirar a maquiagem, desmontar o filhote, trocar a roupa e ir para o bar...eita bar...Paolo e Isaque arrasando no som...mas a noite não acaba lá e sim no Bolão com direito a macarrão, muita cerveja e muita euforia!

15 de junho de 2009

Mais uma...



Fotos por Ronaldo Jannotti

O Feriado


Ficamos o feriado todo de quinta a domingo ensaiando nossa cena curta. Ontem, ao fim da maratona, a Carol diz o seguinte: "Descobri que minha religião é o teatro, pois nenhum reliogioso ferveroso passa tantas horas rezando com nós passamos ensaiando", e hei de concordar com ela. Nossa religião é o TEATRO mesmo. Somos capazes de abrir mão de tudo, do feriadão, dos encontros familiares, das baladas, dos estudos, para se dedicar a essa arte que tanto nos instiga a querer mais e mais...cansaço, música, aquecimento, comida, delivery, energia, uma esticadinha para o hot dog à brasileira, assuntos banais e a presença constante da nossa mascotinho, Cecília Rosa Cioletti, tão paciente com nossas cantorias.

10 de junho de 2009

Air France


Ao entrar no trem "balinha", recebi um telefonema me informando do avião que tinha até então desaparecido do ar. Minha primeira pergunta foi "Como assim, um avião desaparece?", pois este mistério de como aconteceu de fato o desastre do Air France no domingo dia 31/05 ainda não foi desvendado. Soube dois dias depois que o irmão de um conhecido estava nele. Impressionante como não temos certeza de nada e de como achamos que temos. Ao entrar em um avião, ou pegar uma estrada não sabemos o que nos aguarda na próxima curva. Já pensei em tudo, explosão, atentado terrorista, afogamento, sei lá...fico pensando nas pessoas, o que passaram na cabeça delas, se elas perceberam algo de diferente ou se simplesmente não viram nada (espero até que seja isso). O pior ainda é ligar a TV todos os dias e cada dia uma informação nova, um novo corpo e nada concreto, certo.

O Metrô


Sento sempre de preferência nos bancos que seguem a mesma direção do trem. Ao sentar, fico à observar seus transeuntes. A cada estação um entra e sai de gente de todos os jeitos e estilos. Talvez seja o transporte público que mais receba pessoas de todas as camadas. São estudantes, executivos, trabalhadores braçais, donas de casas e um milhão de outras ocupações. Fico a olhar o rosto de cada uma a cada dia que entro neste trem "balinha". Há pessoas tristes, outras agitadas, outras apressadas, outras simples. Fico ali, olhando e pensando como será a vida de cada um. Fico ali, observando em qual estação descem. Tem também aqueles que encontro sempre e sempre no mesmo vagão. Há aqueles que como eu, estão lendo um livro ou uma revista ou um jornal, estão lendo e se informando, há aqueles que como eu estão à ouvir suas músicas prediletas ou até mesmo escutando um texto para ser decorado, há aqueles que como eu não estão lendo e nem ouvindo nada, mas estão olhando, para o nada ou para o tudo. Fico ali para também ser observada e permeear a imaginação de cada um deles, pois eles acabam alimentando minha imaginação e criatividade de atriz.

29 de maio de 2009

Estamos chegando!


5 cabeças à espera de um trem! Uma criação ali, outra acolá, ensaios em horários alternativos e lá vamos nós rumo ao dia 18 de Junho. Músicas embaladas por um violão, piração da maquiagem, textos escritos e reescritos, cenário que não chega...aff! Mas de uma coisa temos certeza, não sabíamos que seria tão divertido estarmos juntos trabalhando em prol de algo que todos nós acreditamos...é uma descoberta atrás da outra, tão bom!




5 cabeças à espera de um trem!
Dia 18 de Junho às 21horas
Galpão Cine Horto
Hum...Aguardem!

3 de maio de 2009

Boal


"Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos, entrando em cena no palco da vida. Cidadão não é aquele que vive em sociedade. É aquele que a transforma"

Augusto Boal - 1931 - 2009

Ontem, dia 02/05, perdemos uma grande figura que representava tão bem nosso teatro brasileiro. Boal!

2 de maio de 2009

Clarice


Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."
Clarice Lispector

27 de abril de 2009

Um Gato para Gertrudes


Que orgulho de ver Ronald e Carol em cena, levando alegria para as crianças. Tô feliz demais por vcs!

Um rei adorador de frangos, uma princesa abalada por uma certo príncipe Deu Tomé que a deixou com uma carta há mais de cinco anos. Cinco anos? Uma gata para encontrar um príncipe para sua ama e um gato de colete e chapéu, sem botas, querendo se dar bem e virar gato da realeza de um príncipe bobo que teve suas terras confiscadas pelo mago Malassombro.Uma história leve, bonita, inteligente e bem próxima do nosso mundo real. Uma história feita para crianças pequenas e grandes, pois nós adultos nos divertimos com certeza em meio a tantos espirros, frangos, pedras, pêlos, brancos ou pretos.

22 de abril de 2009

Descobrindo Quintana


"Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiar de verde e entender como SIM. Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena."
(Mário Quintana)


Vi este texto no blog dos meus queridos fala comigo. Nunca fui muito de ler Mário Quintana, mas que lindo isso que ele escreveu, lindo mesmo...é tão próximo da gente, tão próximo.

Musiquinha

Ela é tão linda...e tão antiga!


17 de abril de 2009

Curioso




“A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18”.
frase do escritor Mark Twain (1835-1910)


Será? depois de assistir o filme " O Curioso caso de Benjamim Button" não sei se seria tão feliz assim, mas vale fantasiar de qualquer forma.



Os Três Amores

Castro Alves
Os Três Amores

I
Minh´alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes,
- Tu és Eleonora...
II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu...teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
- E tu és Julieta...
III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!...
Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és - Júlia, a Espanhola!...


--
O poema "Os três amores " foi escrito por Castro Alves e retrata um diálogo entre as três gerações românticas.Assim,cada estrofe corresponde a representação de um geração romântica.
Na primeira estrofe há a representação do amor cortês,na segunda é representado o excesso do amor e na terceira estrofe o amor é representado de forma atraente.


Hoje ao entrar no metrô, me deparei com este poema de castro Alves, Os Três Amores, engraçado porque olhei, olhei mais uma vez e virei o rosto para não ler, pois era bem cedo e ainda estava sonolenta. mas num ímpeto de movimento, olhei novamente e não tirei os olhos mais dessas lindas palavras escritas e debulhadas sobre o amor.

14 de abril de 2009

13 de abril de 2009

Últimas semanas

Gente,

últimos dias do espetáculo "Olá, Pessoa" da Odeon. Confiram!




Ainda bem

9 de abril de 2009

Slumdog Millionarie

Realmente, sem sombra de dúvidas, este merecia o oscar de melhor filme. Saí do cinema maravilhada, agitada e pensativa. Existem países iguais ou piores que o Brasil no quesito violência? Me lembrou muito "Cidade de Deus", o lado B do Brasil, até então desconhecido para o mundo. Isso acontece em Slumdog Millionarie, uma Índia até então desconhecida para mim. Há vontade que dá, é pegar as malas, atravessar meio mundo e ir para lá, fazer a diferença, em um país que só pensa na religião, na boa moral e esquece dos seus necessitados. A Índia não tem caminho, caminhos e sim pessoas que precisam vencer.


Trailer....

http://www.youtube.com/watch?v=AIzbwV7on6Q

"5 cabeças à espera de um trem"

Hoje, dia 09/04, o resultado, tão esperado por nós 6. 5 cabeças e 6 pessoas. Em junho no Galpão Cine Horto: "5 cabeças à espera de um trem".

7 de abril de 2009

Uma Cena, uma vida

"1920. As pessoas andam virando bolha. E em breve fechar-se-ão os cinemas, as bibliotecas, praças e tudo mais que tiver portas. Ele sai de casa, às 08:30 da manhã. 89. Liberdade ditada. 54. Liberdade assistida. 32. Liberdade fria. 21…20! De repente bolha! Nada, ainda sequer é notícia. Pensa nas torturas que passou, nos amigos que perdeu. Liberdade.00 – Grita pra ver se alguém escuta! É preciso tocar o céu, sereno e profundo."
Texto criado por mim e Fabiano Rabelo na Oficina " Uma Cena, uma Vida" do Grupo XIX de Teatro de SP.

1 de abril de 2009

Mas que seja infinito enquanto dure...

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
do sempre querido Vinícius de Moraes

30 de março de 2009

Batismo

Ontem assistir novamente o filme Batismo de Sangue. A ditadura foi um período que não fez parte da minha vida e nem da vida dos meus pais diretamente. Mas sempre fico muito fragilizada e sensível toda vez que vejo cenas que possam lembrar ainda que levemente as torturas sofridas por pessoas em todo o Brasil naquela época. Ainda que levemente sim, pois o que essas pessoas passaram não se reproduz através de imagens cinematográficas. A América estava completamente possuída por golpes militares. A ditadura sofrida no Chile foi uma das piores da história, se não a pior. Fico pensando hoje, como tudo mudou e não se faz muito tempo. Penso também que se fosse jovem naquela época e envolvida em movimentos estudantis, ou teria sido muito covarde e desistido de lutar ou teria lutado e morrido baleada. Não suportaria a tortura, não suportaria mesmo. É por isso que sofro sempre quando vejo essas imagens ou leio a respeito. Sofro por não ser corajosa como esses hérois.

A Alma Boa de Setsuan



Fui conferir a melhor direção segundo o prêmio Shell no Palácio das Artes. Uma trupe de bons atores habitando um só palco o tempo todo. Não saem de cena, nunca. Um texto que eu particularmente não gosto. Vi algumas montagens de textos do Brecht na quase íntegra e até hoje não tem nenhum que eu tenha gostado muito. A encenação sim é espetacular. Um cenário que ora está aqui, ora está ali. Trabalho corporal preciso. Vozes que ecoam por todo o "Grande" e objetos chineses muito bem utilizados e justificados em cena.




18 de março de 2009

Clube da esquina nº 02

Essa música se fez presente na minha vida quando eu ainda era criança e nunca mais saiu. Toda vez que eu a ouço, bate uma nostalgia, não sei se da época em que a ouvi pela primeira vez ou se de alguma época que ainda não está clara nas minhas lembranças.

16 de março de 2009

Eles se vão...

Apesar de saber que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, ainda assim me assusto com a despedida de cada um deles. Ao entrar no curso de teatro do Cefar em 2005, conheci e passei a admirar pessoas lindas e verdadeiras daquela turma. Caminhamos juntos por três consecutivos anos e aprendemos a superar as dificuldades juntos e os defeitos de cada um. Faz se 1 ano que formamos e algumas pessoas foram atrás de seus sonhos longe da tão pacata Belo Horizonte. Bel, minha amiga de alma, foi há 5 meses para Londres. Torci muito para que isso fosse possível e hoje sinto a enorme falta que ela me faz. Dé, meu eterno Jackson...foi há duas semanas para a cidade maravilhosa e anda me fazendo muita falta também. O post de hoje vai para Dé e Bel que fizeram alguns momentos da minha vida serem únicos, pois claro! eles são únicos e raros.

Olá, Pessoa

Estreou neste fim de semana a nova montagem da Odeon Companhia Teatral, " Olá, Pessoa" que assino a produção.



Trata-se de uma livre adaptação do livro "E ninguém tinha nada com isso..." de Marcelo Garcia, que traz a história de um funcionário público que se assume, ou se descobre (como eu prefiro), gay na vida real. O livro reflete o processo vivido pelo próprio autor ao se aceitar como homossexual.


A peça é um monólogo, com o ator Alexandre Cioletti em cena. A adaptação é de Edmundo de Novaes Gomes. A montagem é concebida e dirigida por Carlos Gradim.
Um dos destaques de “Olá Pessoa” é a encenação nova e contundente, em formato de palestra, que incita o público a interação.


O espetáculo está em cartaz no Odeon Espaço Cultural e continuará em BH até o dia 26 de abril.
Mais informações no site da Odeon ou no telefone 3295-4264.

10 de março de 2009

Saramago e as mulheres de 08 de março

Hoje ao ler o post de domingo no Caderno de Saramago, me deparei com um homem sutil e de alma feminina. Ele escreveu lindas palavras sobre a mulher. Não são palavras piegas, dessas que estamos acostumados a ouvir sempre, mas sim palavras humanas, profundas que fazem acreditar na alma que habita nelas (nós).

9 de março de 2009

Mais Oscar!



Milk - A voz da igualdade. Sim, Sean Penn é ótimo! e o filme também. Pessoas como o Milk precisam existir em qualquer canto do planeta.
A Troca. Sim, é triste o enredo e surpreendente também. De dar aflição. de querer fazer justiça. Pessoas como ela, a mãe, precisam existir em qualquer canto do planeta.

O Leitor

Carnaval, domingo e uma sessão de cinema no Usina. Resolvi pegar um cineminha antes da peça e me inteirar sobre os filmes que estavam concorrendo ao Oscar. Em meio a tantas opções escolhi ele. O Leitor. Que sutileza. Que atuação da Kate Winslet, oscar merecido. Que covarde ele. Que diálogo. Que despudor! Fiquei maravilhada com o que via.

E lá se foi mais uma...

08 de março. Fim de mais uma temporada em BH. Fiz cinco semanas de temporada, no Teatro Santo Agostinho de quinta a domingo. Ufa! Adoro ficar em cartaz, mas em meio a correria da produção do "Olá, Pessoa" que estou, não consigo nem curtir a temporada. Mas foi muito bom essas cinco semanas com este elenco. São experiências diferentes com essa galera, sempre! Meu muito obrigada mais uma vez.

9 de fevereiro de 2009

Orishas

Fomos ao show do Orishas. Nossa! Que show...que som. Os caras são muito bons e muito animados. Pena que eu estava muito cansada. Mas era bom olhar o público e ver todo mundo dançando e cantando todas as músicas com o grupo cubano. Apesar de gostar do som do Orishas, ficava pensando no show da Alanis que iria perder e perdi. Não sei até hoje como foi, ainda não conversei com ninguém, mas o bom foi que no dia do show trabalhei tanto que nem lembrei o que estava perdendo. Hunf...é assim mesmo. É preciso abrir mão de certas coisas para conseguir outras. Abri mão da Alanis.

Olá, Pessoa




Essa semana estreamos o Espetáculo novo da Odeon "Olá, Pessoa". Estou na produção e estou muito feliz por participar desta montagem. O espetáculo estréia mesmo em março, mas resolvemos fazer 6 sessões no Verão Arte Contempôranea 2009 como processo.

Sexta foi o dia D. Muitas coisas para ajustar, ensaios técnicos a serem feitos e muita adrenalina. O espetáculo é um monólogo, com o ator Alexandre Cioletti, que diga-se de passagem, é muito bom e natural. Recebemos vários convidados durante todo o fim de semana. Temos ainda mais um fim de semana de processo antes da estréia em março. Para quem quiser dar o seu depoimento e nos embebedar de boas novas, seja bem vindo!

OLÁ,PESSOA
DIREÇÃO CARLOS GRADIM
COM ALEXANDRE CIOLETTI
Odeon Espaço Cultural
13,14 e 15 de fevereiro
sexta e sábados as 21h e domingo as 19h.

18

Domingo, dia 01, fomos almoçar na casa de Mamy. Foi niver da minha irmã Sâmara. 18 anos. Lembro-me de quando ela era bebê, eu querendo cuidar, tinha o rostinho redondo e os cabelos pretos todo encaracolado. Sempre foi muito meiga, educada, atenciosa. Felicidades para ela e seja bem vinda a maioridade.



26 de janeiro de 2009

Non, je ne regret rien

Uma bela voz, uma bela intérprete, uma saúde delicada e um excesso de atitudes por vezes ora desnecessárias. Edith Piaff.

Verão Arte Contemporânea


Confira toda programação no site

Fala comigo...fala!



Água, muita àgua. Música, muita música e dois atores em cena. Meus olhos assistiam este espetáculo pela segunda vez e a sensação foi a mesma da primeira vez que os vi.

Em uma sala de ensaio

Ao chegar o diretor naquela sala de ensaio de um prédio velho localizado na esquina de duas movimentadas avenidas, ele disse: Vamos Começar? O ator, como todo bom ator logo se prontificou e respondeu: Claro, vamos lá! E ele começa o ensaio. É um monológo e ele não tem a quem se apoiar, tarefa difícil essa, estar em cena sozinho. Bem, ele tem o público, mas no ensaio o público sou eu, ele e ela . Sim, somos três na platéia neste momento e quatro em uma sala de ensaio. E ele começa o ensaio de novo a pedido do diretor. E ele recomeça novamente, continua, aprofunda . E mais uma vez. Ensaio é repetição, aperfeiçoamento, lapidação, coragem , risco , experimentação, questionamento. E tudo se torna uma grande aula. Dele que conduz e dele o conduzido .
Há um ano mais ou menos, desde o fim do processo do meu último espetáculo que eu não acompanhava um processo de criação. Claro que agora é diferente pois acompanho de fora, olhar externo , mas ao ver isso, fico pensando como nós atores somos corajosos, como nós atores nos colocamos em xeque a todo instante. Como é difícil passar o que sentimos internamente para o público. Como é difícil ouvir uma crítica e erguer a cabeça, aprender com ela. Mas tudo é necessário, não há ator nenhum, em lugar algum que nunca tenha passado por isso. E é por passar por tudo isso, que continuamos a tropeçar para aprender a se erguer.

15 de janeiro de 2009

A Caixinha de Papelão


Espetáculo infantil que estou produzindo em cartaz na cidade de BH.

Agenda
Onde? Anfiteatro Pátio Savassi
Quando? 10 de janeiro à 08 de Fevereiro, sábados e domingos sempre as 17hs.
Venda de ingressos antecipados no Stand do Sinparc (existe um no Pátio)



14 de janeiro de 2009

Dançando no Escuro

Sou daquelas pessoas que apesar de adorar cinema, não consigo acompanhar tudo que acontece e cá entre nós, mais difícil que acompanhar lançamentos de filmes toda sexta, é acompanhar lançamentos de filmes toda sexta. Acompanho sim, pelas mídias e assisto aqueles que os horários permitem encaixar na minha tão apertada agenda. Sério! Por isso acabo tirando meu atraso de certos filmes anos luz depois, porque...

porque existe uma luz mesmo quando se dança no escuro...porque existe uma música que embala seus mais inocentes sentimentos, porque existe uma vontade de querer dar a vida digna à alguém que nasceu por conta do seu egoísmo, porque existe uma lealdade que atravessa muralhas, porque existe dignidade nos seus olhos, porque existe amor pelos pés que querem mais que o próprio solo, querem o ar, porque existe força, porque existe amor e acima de tudo por que existe vontade de dançar e fechar os olhos ainda que para sempre e apenas sentir...sentir a vida indo aos olhos de todos nós.



4 de janeiro de 2009

Gibran



"A simplicidade é o último grau da sabedoria "

Gibran Kalil Gibran

2009

Começar de novo e de novo e de novo...! Sempre quando um ano termina, fazemos um balanço do que foi, do que poderia ter sido e do que não foi. Este ano fiz diferente. Agradeci, simplesmente. Foi um ano de descobertas profissionais, de forças que eu nem tampouco sabia existir, de determinação, de amor, de despedidas e reencontros, de dedicação, de vidas novas e de muito amadurecimento. E para 2009 que venha tudo isso e mais outras coisas que no nosso âmago pedimos, mesmo não sendo pedidos possíveis para este ano, mas pedimos para não esquecermos deles. Que possamos abrir os jornais e encontrar notícias sublimes. Que a Guerra do Iraque termine, que Obama faça um execelente governo, que os conflitos entre árabes e israelenses cessem. Que as pessoas passem a ler mais. Que a cultura no nosso país seja melhor distribuída. Que as guerras civis parem de matar inocentes com bala perdida e etc, etc, etc...