30 de junho de 2010

5 cabeças no FIT 2010





Sempre tivemos vontade em participar de um Festival Internacional de Teatro com o nosso "espetáculo cena", e melhor ainda se fosse em BH, no nosso tão conhecido Festival, o FIT. Pois então lá vamos nós, tripulantes desse bordo, mais uma vez se aventurar pelos palcos de BH.

Saiu dia 16 de junho o resultado das produçoes que participarão da programação da Mostra de Movimentos Urbanos do FIT 2010. Será uma programação paralela, que irá acontecer no Ponto de Encontro no Espaço Cento e Quatro.

Depois da super viagem a Manaus, voltaremos a nos encontrar no Fit em agosto. Nós equipe e nós público.



Espatódea



Tenho músicas de fase. Na minha fase atual e no meu mp3 só da ele, Nando Reis.
A letra, a melodia, o arranjo de espatódea é como poesia, dessas de ficar recitando em voz alta, para que o mundo inteiro possa ouvir de uma única vez.

letter and music

Espatódea
composição de Nando Reis

Minha cor
Minha flor
Minha cara

Quarta estrela
Letras, três
Uma estrada

Não sei se o mundo é bom
Mas ele ficou melhor
Quando você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?

Espatódea
Gineceu
Cor de pólen

Sol do dia
Nuvem branca
Sem sardas

Não sei o quanto o mundo é bom
Mas ele está melhor
Desde que você chegou
E explicou
O mundo pra mim

Não sei se esse mundo está são
Mas pro mundo que eu vim já não era
Meu mundo não teria razão
Se não fosse a Zoé

Espatódea
Gineceu
Cor de pólen

Sol do dia
Nuvem branca
Sem sardas

Não sei o quanto o mundo é bom
Mas ele está melhor
Desde que você chegou
E explicou
O mundo pra mim

Não sei se esse mundo está são
Mas pro mundo que eu vim já não era
Meu mundo não teria razão
Se não fosse a Zoé


24 de junho de 2010

na mais perfeita paranóia

_ Mari, vamos fazer os cenas curtas, pois uma cena desistiu e estávamos em excedente.
_ gente, mas faltam 10 dias!
_ então, e precisamos de você. A Aninha tá sem voz e não vai poder fazer, rola de substituí-la?

Foi assim que começou minha mais perfeita paranóia. Eu tinha exatos 9 dias para estar pronta para ser vista por uma platéia rigorosa de Cenas Curtas. Foram ensaios e mais ensaios, em horários alternativos e dois fins de semanas. Sim! Eu quis aceitar esse desafio. Fazer uma cena ousada, com uma estética diferenciada e uma pesquisa acerca de mangás. Eu quis aceitar me transformar em um dia que seja em uma boneca gente, humana. Eu quis aceitar trabalhar com uma galera nova, cheia de vontade e vigor. Eu quis aceitar poder contracenar com Lira Ribas e assim iniciar uma futura parceria. Eu quis aceitar o desafio de pegar em tão pouco tempo um trabalho corporal específico da pesquisa do coletivo.

Fiquei feliz em ter participado. Tava há três meses parada, sem fazer nenhuma pesquisa. nenhum processo e foi bom, muito bom! Não ganhamos e nem fomos uma das cenas favoritas da noite, mas fizemos um bom trabalho e isso sim é gratificante.

Agora um desabafo: como o público belo-horizontino e principalmente os frequentadores do Cine Horto, me deixam tensa. Sempre que apresento lá, é uma batalha encarar esse público, mas é uma batalha boa e desafiadora.

Na ilha por vezes habitada...


Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente
e entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável:
o contorno, avontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.


"Na ilha por vezes habitada" de José Saramago

11 de maio de 2010

Oscar Wilde


Recebi hoje do Ronald...


Amizade (Oscar Wilde)


"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquetipo qualquer, mas pela pupila... Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante... A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos... Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo... Deles não quero resposta, quero meu avesso... Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim...Para isso, só sendo louco... Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças... Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta... Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria... Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto... Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade... Não quero risos previsíveis nem choros piedosos... Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça... Não quero amigos adultos nem chatos... Quero-os metade infância e outra metade velhice... Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa... Tenho amigos para saber quem eu sou... Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril... "

5 de maio de 2010

SEXO

SEXO, novo espetáculo da Cia Pierrot Lunar
com Ronaldo Jannotti, Ludmilla Ramalho, Luiz Rocha, Nando Motta e Léo Quintão
direção do Juarez Guimarães Dias





Esta peça é o resultado de um ano de processo e pesquisa da Cia. Pierrot Lunar para levar ao teatro um texto literário sem adaptação (textual). O autor do romance SEXO é o jovem e promissor escritor mineiro André Santana que atualmente vive em São Paulo.

Temporada até 23 de maio, sexta a domingo, às 20h
Espaço Aberto Pierrot Lunar (Rua Ipiranga, 137, Floresta)

Capacidade: 80 lugares
Ingressos limitados: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), adquiridos na bilheteria do espaço a partir das 19h, nos dias de apresentação.

Informações:
(31) 2514-0440/ 8701-6521
www.ciapierrotlunar.blogspot.com
pierrotlunar@palcobh.com.br
Blog do espetáculo: www.sexopierrotlunar.blogspot.com

Cleide, Eló e as pêras



Assisti um ator que tanto admiro no cinema, no teatro. Que soco no estômago, que atuação!

Gero Camilo, um cearense arretado! Ele atua ao lado de outra grande atriz, Paula Cohen. Texto dele, "Cleide, Eló e as pêras" é uma peça que fala sobre a relação de uma casal. Após a peça um encontro na Casa dos Contos e a oportunidade de dizer ao Gero o tanto que gosto dele como ator.

Velha infância

Conheci a Iza e a Jú ainda bem pequena. A Iza minha vizinha de rua na primeira casa que morei no Barreiro, a Jú, neta da vizinha da rua, dona Célia, menina do Rio, que vinha alegrar nossas férias com suas histórias sobre mar e aviões. Quase 22 anos depois, ainda estamos juntas, cheias de histórias pra contar, sobre amores, desamores, vida, profissões, realizações. Recebemos a Jú aqui em BH e foi ótimo, por isso faço questão de registrar aqui no meu cantinho.

A gente se diverte, aqui, no Rio e em qualquer lugar..viva los três!













Esconderijo

Descobri essa música, achei a letra, a melodia, o arranjo a coisa mais linda...procurei saber quem era a dona da mais doce voz...ANA CAÑAS...e olha que lindo a direção do clip!


13 de abril de 2010

palavras do Chelo

Recebi esse texto do meu amigo Marcelo (carinhosamente, Chelo) e achei pertinente colocá-lo aqui para que de tempos em tempos eu posssa lê-lo e refletir sobre.


Este é um texto desabafo que não tem compromisso de ter qualquer coerência ou eficácia na comunicação, apenas uma tentativa de tornar concreto algo que talvez possa refletir um estado momento, se reconhecer em sua fonte e diluir-se no mundo. Estou eu em mais uma noite de estudos, estudando alguma das coisas que de alguma forma tem sentido para mim e justificam a minha ação presente no instante. Sou surpreendido pela manchete do Jornal sobre o desastre em Niterói. Assisto todo o jornal até o fim, jornal com muitos entreatos de propagandas barulhentas, coloridas, a sua maioria vendendo carros. Carros, carros, carros. Termino de assistir o jornal sem reação, por alguns segundos paro no tempo numa espécie de não-pensamento pensante. Sensação. A rotina me faz meio que involuntariamente levantar e retomar as atividades, meu corpo se levanta e vai fazer o que tem de fazer. Tomo banho e não sei por que me sento para escrever essas coisas. Não aceito, não entendo, não quero. Não quero isso. Não sei, não sei como. Não quero voltar para a minha civilidade conformada. Não aceito o modelo de vida que me é dado. Não quero viver assim, não quero participar desta rede. Perdemos o nosso afeto, a capacidade de sermos afetados. Estamos cada vez mais mortos. Cada um que morre, cada atentado à vida é um atentado contra nós mesmos. Morremos mais um pouco presenciando cada tragédia. Reforçamos nosso movimento de retorno, fincamos mais nosso pé neste chão, constrói-se a naturalidade das coisas. Não quero participar de uma rede em que sei que cada ação minha é co-responsável por cada desgraça, e não quero fingir que não sei, fingir que não vejo para continuar neste caminho, manter a sobrevida. Como lidar com esta incapacidade? O que fazer com tudo isso que recebemos do mundo? Tentar reverter as situações? Tentar se salvar? Tentar esquecer? Qual é o trânsito que construo entre o macro e o micro? Como receber e ser afetado pelas macrocoisas e transformar isso em ação nas microcoisas? Qual é este trânsito? Como me insiro nestes diferentes contextos: organismo, inter-relações, comunidade, mundo. É como se a cada dia, o viver tivesse um preço cada vez mais caro e, infelizmente, nós também vamos tendo cada vez mais dinheiro suficiente para pagar tal preço. E aí? me pergunto. Quebrar o ciclo? Declarar guerra contra mim e contra tudo? Amarrar uma corda em uma árvore e em meu pescoço e pular da árvore? Movimento de retorno? Foda-se? A potência de afeto pode ser ao mesmo tempo divina e terrível. A diluição do sujeito pode ser ao mesmo tempo divina e terrível. Daqui a pouco sei que todo o arsenal teórico, filosófico, ideológico, construtor de uma possível prática, virão acalmar o meu espírito. Mas às vezes penso que por alguma razão era preferível que os vulcões explodissem, não sei por que. Termino com uma frase: A minha loucura é a minha lucidez.


Marcelo Aléssio
(ator)

5 de abril de 2010

Sutilmente

Como toda boa mineira, também gosto muito dos artistas locais. Um deles é o Skank. Me apresentaram esse clip fantástico no último carnaval no Rio, em um dia quente com o crepúsculo caindo na varanda do apartamento, regado a churrasco, cerveja e uma boa conversa.



O inesperado

em meio à tantos erros e acertos, a vida não deixa de exigir.
(minha autoria)...

é tão paradoxal. As vezes eu a amo, as vezes eu a odeio e sempre quando isso acontece, lembro-me de uma frase histórica do governo Médici na história do Brasil. Brasil: Ame ou deixe-o.
A vida também é assim. Amar ou deixá-la. Por isso que todos optam por amá-la incondicionalmente, cada um a sua maneira, cada um a sua essência, cada um a sua magnitude.

28 de março de 2010

Medo da eternidade




Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.
- Não acaba nunca, e pronto.
- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas.

Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.

- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.
- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
- Perder a eternidade? Nunca.

O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
- Acabou-se o docinho. E agora?
- Agora mastigue para sempre.

Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

Clarice Lispector

19 de março de 2010

5 cabeças em Manaus!

Depois de encerrarmos a temporada do VAC que foi um sucesso, casa cheia, crítica positiva, viajamos para Manaus. Apresentamos no Teatro Amazonas para a maior platéia que já tivemos em toda nossa pequena estrada. 700 pessoas lotaram aquele teatro mágico e nossa cena surgiu do chão até alcançar o nível da platéia. Foi tão legal!

Algumas coisas boas de Manaus

* Debate no dia seguinte
* Sandra Coverloni e Heldér
* Rio Negro
* Sessão a la Vogue no camarim
* cortes ousados a la Saulo, Mari e Lú
* Galera de Fortaleza, Manaus, Sampa, Rio, Salvador
* Patrícia, Rafael e Darlei direto de Curitiba (bom revê-los)
* Encontros a meia noite na piscina decadente do nosso hotel (aff)
* o peixe no almoço e no jantar
* cupuaçu e cajá





eu contemplando o Rio Negro (fantástico!)

Mostra de Rascunhos 2010



Acontece neste sábado no Galpão Cine Horto a mostra de rascunhos das cenas concorrentes ao projeto CENA-ESPETÁCULO. Estou participando da programação com a cena "CIDADE CIRCULAR", a segunda da noite. Serão doze cenas no total. As portas se abrem as 19hs e a entrada é franca.

programação completa no site:
http://www.galpacinehorto.com.br/


CIDADE CIRCULAR
DIREÇÃO: Coletiva
DRAMATURGIA: Julieta Dobbin
ELENCO: Julieta Dobbin, Mariana Câmara, Saulo Salomão
ILUMINAÇÃO: Ronaldo Jannotti
TRILHA SONORA: Leonardo Cunha
CENÁRIOS E FIGURINOS: O grupo

SINOPSE: Uma cidade circular, onde sempre se retorna ao lugar de partida, habitada por três personagens. Essa peça é uma alegoria de sentimentos e comportamentos humanos

11 de março de 2010

Cidade circular ou Povoado do redondo

Em uma mesa de bar, estávamos nós 4, eu, Julieta, Léo e Saulo. Lá cada um de nós colocamos os nossos desejos e chegamos juntos a um único. A Cidade Redonda. Logo depois agregamos mais duas pessoas, Ronald e Marcelo e juntos nós seis passamos a comungar da mesma idéia ciclíca. Agenda, reuniões, criações, casa da Mari, casa da Juli, casa do Saulete, mas nunca sem perder o fio da meada.O resultado? saiu na sexta dia 05 de março, agora somos uma das 12 cenas que irão dar a cara à tapa neste processo de observatório de criação.

Dia 20 de março as 19hs no Galpão Cine Horto - entrada franca

Venha circular com a gente!

19 de fevereiro de 2010

Silêncio na cidade circular

O comeco da cidade. Um homem que corre, a mulher que espera e a outra que estoura baloes e os vende no centro da cidade. Somos nós três, tentando colocar em prática as ideias lúdicas de dois encontros e uma agenda cheia de ensaios. Nosso próximo projeto...

E ele continua lindo!

Pois é, foi preciso voltar. Aliás, a vida continua né? e deixo para trás aquele mar gelado, composto de sua areia branca, com uma leve brisa no fim da tarde, que chegava para amenizar o calor de 40 graus. Esse é o Rio e ele continua lindo! sempre!

26 de janeiro de 2010

UFMG lá vou eu

eeee!
Fui aprovada no curso de Letras da UFMG!
eeee!

A primeira conquista de 2010...

14 de janeiro de 2010

Avatar


Bem, vou relatar minha relação com o 3D. Há muito tempo que venho ouvindo falar sobre filmes em 3D e nunca tinha tido vontade de saber como era, tinha até uma certa resistência, porque esses filmes costumam ter uma grande produção e eu prefiro os filmes lado B. Mas essa semana resolvi assistir Avatar em 3D, para ver como era e eis a surpresa! Saí de lá como uma criança quando vai a primeira vez ao cinema, assistir a história de seu herói favorito. É muito legal o filme. Um enredo nada de novo, mas me envolveu e de fato o 3D faz nos sentirmos dentro do filme. Estou agora na expectativa da minha obra "infantil" de cabeceira em 3D, dirigida pelo estonteante Tim Burton - Alice no país das maravilhas - imaginem só, cair no buraco com ela? vai ser demais!


Verão Arte Contemporânea

O melhor evento de arte contemporânea da cidade. Música, teatro, literatura, dança, artes visuais, gastronomia, moda e cinema em um único lugar.
Verão Arte Contemporânea 2010.
Entre!
http://www.veraoarte.com.br/


12 de janeiro de 2010

No meu lugar



É assim que estou me sentindo hoje. No meu lugar.

11 de janeiro de 2010

Um pouquinho de Neruda



É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

Kane

"eu odeio a idéia do teatro servir como passatempo"

Sarah Kane

Aceita casar comigo?



Aceita casar comigo?, perguntei.
.....Você ficou um pouco de perfil, olhando de viés para mim. Era aquela hora do lusco-fusco e você se destacava na tarde cinzenta feito um girassol, só que bem mais humano do que a maioria dos girassóis. E lembro que demorou mais do que eu podia aguentar para que viesse sua resposta, mas mesmo assim aguentei. Acho que suspenso pelo temor da negativa, aguentei. Os sinos da igreja começaram a ir para lá e para cá com seu blém blém blém, blém blém blém. Até que, por baixo daquele som condutor de milagres e glórias, veio enfim sua voz clara feito um copo de água: Aceito.
.....E foi assim que nos casamos a primeira vez.

Luiz Felipe Leprevost

publicado em 29 de dezembro de 2009
http://notasparaumlivrobonito.blogspot.com/

Pedaço de homem cercado de outro por todos os lados

O Marcelo e o Roger formaram comigo no Palácio em 2007. Este trabalho que eles irão estrear no Verão começou ainda no curso do cefar em 2006. Uma cena, que logo veio a participar do Festival de Cenas Curtas em 2008 e agora está virando um espetáculo.
Iremos abrir o espetáculo deles com a nossa cena curta "5 cabeças à espera de um trem" e será um belo encontro de dois grupos - nós e eles - que começamos juntos a pesquisar o teatro do absurdo resultando assim, hoje, nestes dois trabalhos.



Foto: Ronaldo Jannotti


Agrupamento de pesquisa apresenta:

PEDAÇO DE HOMEM CERCADO DE OUTRO
POR TODOS OS LADOS

Dois homens presos em uma suposta ilha, onde a solidão e a necessidade mútua criam um perpétuo jogo. Uma imagem, uma lembrança, uma palavra são capazes de desencadear uma série de conflitos e situações, que se multiplicam e se movimentam incessantemente. Eles se invejam e se temem, se odeiam e se amam, estão condenados a viver juntos.

FICHA TÉCNICA
Direção coletiva, Concepção Geral e Dramaturgia: Nina Caetano /Criação e Atuação: Marcelo Alessio e Rogério Gomes / Direção de Atores: Juliana Pautilla / Produção: Patrícia Mattos.

* 5 cabeças à espera de um trem (15 min) / Pedaço de homem
cercado de outro por todos os lados (60 min)

VAC 2010 - 5 cabeças na programação

Cia. 5 Cabeças apresenta:

5 CABEÇAS À ESPERA DE UM TREM

5 cabeças à espera de um trem que nunca chega. Juntas, esperam há mais ou menos 27 anos, 3 meses e 4 dias na estação. E um mistério que não cala: Nick Van Drick voltará ou não com os cigarros que saiu para comprar 15 anos atrás?

FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Byron O’Neill / Atores: Carol Oliveira, Luisa Rosa, Mariana Câmara, Ronaldo Jannotti e Saulo Salomão / Músico e Trilha Sonora Original: Rafael Nelvam / Maquiagem e adereços: Daniel Mendes / Produção: Ronaldo Jannotti.

Obs.: Espetáculo criado originalmente para participar do
X Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto, em 2009


Foto: Ronaldo Jannotti

"OLHA NÓS DE VOLTA EM BH NO VERÃO ARTE CONTEMPORÂNEA 2010"

Ilha Grande



Estava deitada no sofá, assistindo a TV, quando ouvi a reportér do jornal falar da tragédia em Ilha Grande e Angra dos Reis. Levei um susto, pois há exatos dois anos estava em Ilha Grande passando férias. O susto aumentou ainda mais quando ela disse que um barranco tinha atingido a Pousada Sankay na Enseada de Bananal. Gente! Quase fomos pra Bananal naquele ano, ficar hospedados onde? Na Sankay, mas optamos por ficar em Aventureiro (que é a reserva ecológica da ilha) e depois fomos para outras praias, mas Bananal acabamos não conhecendo. Estranho pensar que um lugar mágico como Ilha Grande sofreu uma tragédia como essa. Fico imensamente comovida com a situação de todas as pessoas envolvidas, principalmente no Morro do Carioca em Angra.


Força para todas essas pessoas.

Que este fatídico acontecimento promova uma grande recompensa na vida de todas elas.