24 de junho de 2010

na mais perfeita paranóia

_ Mari, vamos fazer os cenas curtas, pois uma cena desistiu e estávamos em excedente.
_ gente, mas faltam 10 dias!
_ então, e precisamos de você. A Aninha tá sem voz e não vai poder fazer, rola de substituí-la?

Foi assim que começou minha mais perfeita paranóia. Eu tinha exatos 9 dias para estar pronta para ser vista por uma platéia rigorosa de Cenas Curtas. Foram ensaios e mais ensaios, em horários alternativos e dois fins de semanas. Sim! Eu quis aceitar esse desafio. Fazer uma cena ousada, com uma estética diferenciada e uma pesquisa acerca de mangás. Eu quis aceitar me transformar em um dia que seja em uma boneca gente, humana. Eu quis aceitar trabalhar com uma galera nova, cheia de vontade e vigor. Eu quis aceitar poder contracenar com Lira Ribas e assim iniciar uma futura parceria. Eu quis aceitar o desafio de pegar em tão pouco tempo um trabalho corporal específico da pesquisa do coletivo.

Fiquei feliz em ter participado. Tava há três meses parada, sem fazer nenhuma pesquisa. nenhum processo e foi bom, muito bom! Não ganhamos e nem fomos uma das cenas favoritas da noite, mas fizemos um bom trabalho e isso sim é gratificante.

Agora um desabafo: como o público belo-horizontino e principalmente os frequentadores do Cine Horto, me deixam tensa. Sempre que apresento lá, é uma batalha encarar esse público, mas é uma batalha boa e desafiadora.

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